quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Casa do Pai Natal


Como já sabem, a Daisy é a filha pequena da minha prima que tem vivido sempre em países diferentes derivado ao pai ser militar americano.

Na última base militar que foram morar, a minha prima e o marido decidiram desta vez comprar uma casa em vez de simplesmente alugar, como tinham feito nos outros casos. Assim quando terminasse o tempo de estadia naquele país podiam vender a casa ou alugá-la a outros militares americanos.

Era mais uma vez altura do Natal e a minha prima resolveu ter uma pequena conversa com a filha acerca da dificuldade em compras todos os brinquedos na lista de desejos.

- Sabes Daisy, o Pai Natal este ano está mais pobrezinho e não te vai poder comprar todas as coisas que tu pediste.

Perante a surpresa da minha prima que pensava que a filha ainda acreditava na história do São Nicolau, obteve esta resposta:

- Não faz mal Mãe, ele ainda por cima comprou uma casa!


Por: Pai Natal em 3D - Screensavers e Wallpapers
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As 'mamas' do Sr. Doutor

Todos os hospitais têm médicos dedicados a uma parte do corpo em especial. Há o médico dos “ossos”, o médico do “coração”, o médico da “cabeça”, o médico do “rins”, o médico das “mamas”, etc.

O hospital onde trabalha a minha prima não é excepção. Ela é precisamente a secretária do médico das mamas. Calhou.

Também é sabido que os médicos são muitas vezes procurados pelos delegados de propaganda médica para tentar divulgar junto deles os novos medicamentos produzidos pelos laboratórios que representam.

Um certo dia, entrou um destes delegados no secretariado onde trabalha a minha prima e perguntou pelo Dr. Valter, o tal médico das mamas. Como foi informado que o médico estava nesse momento no bloco operatório, o delegado que estava com pressa para falar com outro médico, deixou um folheto explicativo de um certo medicamento à minha prima, salientando a importância que este remédio tinha nas doenças que o Dr. Valter tratava.

Quando o Dr. Valter regressou ao secretariado a minha prima deu-lhe todos os recados que tinha para ele e quase se ia esquecendo da visita do delegado de propaganda médica:

- Ah, ia-me esquecendo Senhor Doutor, esteve aqui um delegado de propaganda médica que deixou um prospecto de um medicamento que parece que é muito bom para as mamas do Senhor Doutor!

Por: Portal Ilha Terceira Net
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Chapéu Coroa



A filha pequena da minha prima, a Daisy, tinha vivido sempre em países diferentes derivado ao pai ser militar americano. Várias vezes por ano vinha ao Açores ver os avós nas férias ou noutras alturas em que havia interrupção de aulas lá na base onde vivia.

Como se compreende, o seu conhecimento da cultura açoriana era limitado até porque nos poucos dias que passava cá nas ilhas ficava em grande parte a ver desenhos animados em inglês.

Na mesinha junto ao televisor os avós tinham colocado em exposição a coroa do Espírito Santo que andava, como é habitual, de casa em casa durante o período de uma semana.

Certo dia em que resolveram passear, deram com uma procissão numa certa freguesia. Decidiram parar durante algum tempo para que a miúda tivesse um pouco mais de contacto com as tradições locais.

Depois de alguns minutos a observar a coroação com as pessoas a usar as respectivas coroas na cabeça, a filha pequena da minha prima faz este comentário:

- Avó, olha um chapéu igual ao que tens em casa!

De: Júlio Silva - Ilha Terceira Net
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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Coisas de Sexo

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Certo dia em que chovia torrencialmente o meu primo entrou no carro muito à pressa juntamente com o seu filho de 5 anos para o levar até à creche.

A esposa do meu primo que ficara à porta de casa de repente lembra-se de mais um artigo que não tinha posto na lista de compras que entregara ao marido.

Devido à forte chuvada, ela e o meu primo entraram em diálogo gestual através dos vidros fechados do carro até que a mensagem finalmente foi percebida e o carro lá partiu a caminho da escola.

A poucos minutos de viagem, o filho do meu primo com a ingenuidade própria da idade, pergunta do banco detrás:

- Oh Pai, tu e a Mãe estavam a combinar coisas sexys?

De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Velhas a estacionarem

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Duas primas minhas já muito velhinhas decidiram passear no seu carro. Ao chegarem ao parque da cidade a minha prima que ia a conduzir leva o carro para junto do passeio para o estacionar. Para ter a certeza que o carro estava bem posicionado, diz para a minha outra prima:

- Ana, abre a porta do carro e vê se estamos muito afastadas do passeio.

Depois de fazer a verificação, responde a Ana:

- Está bom assim, Rita, dá perfeitamente para ir a pé até ao passeio!

De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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terça-feira, 26 de maio de 2009

O Projecto

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O meu primo que tem um filho na escola primária foi certo dia com ele visitar a sua mãe, a avó do miúdo.

Algures no meio da visita, o miúdo diz ao pai:

- Pai, quando chegar-mos a casa tenho que continuar o meu projecto que a professora passou para casa.

- Está bem, filho – responde o meu primo, virando-se em seguida para a sua mãe.

- A mãe está a ver: os miúdos hoje em dias já falam em projectos com esta idade. Eu só soube o que era um projecto quando andava no liceu.

Responde a senhora:

- Pois eu meu filho, nem com esta idade sem o que isso é!

De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Visitar a avó

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O pai do meu primo Chico pergunta-lhe a um sábado:

- Chico, queres ir com o pai visitar a avó?

Resposta do Chico:

- Não Pai, a avó está vista!

De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Qual é a Capital de Espanha

O meu primo gabava-se de saber as capitais de todos os países do mundo. Certo dia, perguntam-lhe qual era a capital de Espanha e o meu primo teve uma “branca”.

- Está mesmo debaixo da língua mas não consigo lembrar-me – reclamava o meu primo.

Assim foram passando os segundos enquanto o meu primo ia visitava mentalmente as cidades mais conhecidas de Espanha a ver se alguma soava como capital.

- Vá lá, dou uma ajuda – disse a pessoa que lhe tinha feito a pergunta – a capital de Espanha começa pela letra “M”.

Ao que o meu primo respondeu:

- Ah já sei: é Marcelona!

De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Derramar como um cesto

Esta história passou-se na Ilha Terceira.

Um homem com problemas de audição lavava a pipa à porta da sua adega.
Nisto, passa um seu amigo que, sabendo da doença da sua mulher, lhe faz a pergunta habitual:

- Então como é que está a sua mulher?

O homem que julgou que a pergunta se referia à pipa que estava a lavar, respondeu tristemente:

- Olha, derrama como um cesto!


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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sexta-feira, 20 de março de 2009

Os bilhetes para o Carnaval no Teatro

Devido à grande apetência do povo citadino pelo Carnaval, o Teatro Central decidiu também abrir as suas portas a este evento. Ao contrário das freguesias onde as entradas são gratuitas, o Teatro Central optou por bilhetes pagos o que gerou alguma polémica visto o Carnaval ser de graça desde sempre nas sociedades recreativas. Porém este facto não impediu que multidões se juntassem junto ao Teatro para comprar bilhetes para os dias do Entrudo.

O sucesso do Carnaval no Teatro Central ia aumentando de ano para ano de tal modo que a multidão já formava fila várias dias antes de abrir a bilheteira passando as noites ao relento sem arredar pé. Para evitar esta violência de passar noites e dias na fila, algumas pessoas com mais posses começaram a pagar a outras para ficarem em vez delas naquela longa espera.

Ainda assim e com o fim de terminar com aquela tortura desumana, algumas pessoas aficionadas do tal Carnaval tiveram a ideia de organizar a fila de modo a evitar passar tantas horas na rua ao frio e chuva. Era mais ou menos assim: cada pessoa que quisesse bilhetes deixava o seu nome e podia ir embora com a condição de estar presente quatro vezes por dia (às 8, às 12, às 18 e às 24 horas) altura em que se fazia a chamada dos nomes inscritos. Se a pessoa não estivesse presente à chamada perdia a sua vez.

Ora num destes anos passados, o patrão do meu primo, pessoa de elevado estatuto social e que gostava muito do Carnaval contratou uma figura típica muito conhecida por ter uns jeitinhos amaricados e fazer trabalhos domésticos em algumas casas nobres da cidade. Esse indivíduo era conhecido pelo nome de “Fresquinho”.

Vai então o “Fresquinho” dar o seu nome para a fila do Teatro a mando do patrão do meu primo comprometendo-se a comparecer nas chamadas seguintes até ao dia da abertura da bilheteira.

Acontece que talvez derivado ao ter apanhado o frio e a chuva da meia-noite ou aos trajes leves com que se exibia, o “Fresquinho” viu-se a braços com uma valente gripe e teve que informar o patrão do meu primo que não podia estar na próxima chamada para a compra dos famosos bilhetes. O nobre senhor, que viu a hora da chamada a aproximar-se, não teve outro remédio do que correr a juntar-se às centenas de pessoas que aguardavam ansiosamente ouvir o seus nomes.

Com o sucessivo gritar de nomes, o patrão do meu primo ficava cada vez mais receoso de não ouvir o seu no meu daquele burburinho todo.

Então a certa altura ouve-se alto e em bom som:

- “Fresquinho

O nobre senhor, como uma mola, põe-se aos saltos no meio da multidão e grita na direcção da porta do Teatro, provocando uma gargalhada geral:

- Sou eu, sou eu !


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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segunda-feira, 2 de março de 2009

Os Quadros Vivos

Aqui há uns anos atrás na Ilha Terceira, antes da época da televisão, havia grupos que iam de freguesia em freguesia com peças de teatro chamadas Comédias muito apreciadas pelo povo. O espectáculo começava com as “pancadas de Molière” antes de abrir o pano, seguido de um “drama para chorar”. Depois do intervalo era a vez da “comédia para rir”, outro intervalo e terminava o espectáculo com o “acto de variedades” consistindo em números musicais com coreografia e declamações de poesia. Era nesta parte que alguns grupos gostavam de incluir os chamados Quadros Vivos, cenas do quotidiano em que os actores permaneciam imóveis como se uma fotografia fosse tirada de uma qualquer cena da vida real. Uma cena muito usada e comovente era a despedida dos emigrantes no aeroporto em que os quadros representavam por sua vez, a chegada ao aeroporto, os abraços de despedida, a subida para o avião, os acenos, etc. Para que os actores pudessem mudar de posição entre os quadros a luz do palco e da plateia era apagada de modo a obter-se uma escuridão total durante breves segundos.

Num destes teatros estava presente a madrinha da minha prima que estava de visita à Terceira vinda dos Estados Unidos para onde tinha emigrado há muitos anos atrás. A tal senhora que sabia dos frequentes cortes de energia eléctrica que havia na Ilha andava sempre na companhia de uma forte lanterna (conhecida entre os terceirense como “foco” ou “focx”) que trouxera dos “States”. O que aconteceu é que quando a luz se apagou por completo para se dar início ao Quadros Vivos, a madrinha da minha prima que não estava habituada a esta modernice teatral pensou que era mais uma falta de luz e numa atitude de heroína levantou-se e dirigiu para o palco a potente lanterna mostrando assim um grupo de actores boquiabertos e encadeados a fazerem sinais para que alguém fizesse a senhora deixar o espectáculo continuar.


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O quintal do Sr. Doutor

Um dos meus primos mais velhos formou-se em Medicina em Coimbra. Quando pode abrir consultório na sua terra natal usou para isso uma sala da casa dos seus pais. Como bem sabemos, nas terras pequenas quando alguém tem o curso de médico, como o meu primo tinha, passa-se de simples ser humano a uma espécie de Deus e até os próprios familiares os tratam com certa cerimónia quanto mais os vizinhos e conhecidos.

Com a fama a aumentar aumentava também o número de pacientes que vinham à consulta do Sr. Doutor. Estes aguardavam pacientemente sentados nas escadas da entrada da casa e muitas vezes, quando não havia mais lugar, sentados nos muros e em alguns assentos improvisados no próprio quintal da casa.

Certo dia de consulta em que o movimento era muito, estava no quintal uma mãe que trazia o seu filho pequeno para a consulta. O rapaz farto de esperar e de estar quieto, libertou-se da mãe e começou a correr pelo quintal sob o olhar dos outros pacientes. A mãe embaraçada põe-se logo de pé, arrasta-o pela orelha e diz-lhe de olhos bem arregalados:

- Já te disse que não se corre no quintal do Sr. Doutor!



De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Virgindade a termo certo

A filha mais nova do meu primo gostava de assistir às visitas frequentes que a mãe recebia em casa depois do jantar. Os assuntos das conversas eram sempre variados mas acabavam também por tocar a astrologia. Chegados a este tema da conversa a miúda deixava a boneca de lado para prontamente se meter na conversa e dizer:

- Eu cá sou Virgem.

O meu primo que tentava em vão ler o jornal no meio daquele convívio, dizia entre dentes, meio a sério e meio a brincar:

- … Por enquanto!

Visita após visita a cena repetia-se.

Passaram-se os anos e a filha do meu primo vai para a Escola Primária, como é natural.

Certo dia a professora decide perguntar o Signo do Zodíaco de cada menino e menina obtendo as habituais respostas:

- Peixes

- Touro

- Balança

- Carneiro

(etc)

...

Chegada a vez da filha do meu primo esta responde:

- Virgem por enquanto Sr.ª Professora !


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A morada da Internet

O meu primo é programador de computadores à vários anos. A certa altura aparece a famosa e milagrosa Internet que origina em todo o lado expressões do género “fui à internet” “vi na internet” “está tudo lá na internet” “se tiveres dúvidas vai à internet”, etc, etc.

Um conhecido do meu primo que estava um pouco à margem destas tecnologias, aproxima-se um dia deste e pergunta-lhe:

- Tu que sabes de computadores talvez me possas informar sobre uma coisa que me anda a remoer o juízo há tempos: Em que rua é que fica essa tal de Internet ?


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O marfim da Baleia


Esta história passou-se há alguns anos na freguesia de Biscoitos na Ilha Terceira junto ao porto de pescas. Ainda se fazia a caça à baleia ou ao cachalote e havia carcaças deste mamífero gigante espalhadas por todo o lado.

Um inglês da Base Americana das Lajes (antes dos americanos estiveram na Base os ingleses) estava a ver aquele aparato junto ao porto e repara em grandes peças de marfim espalhados pelo chão. Curioso, tenta averiguar o que são aqueles objectos mas sem grande sucesso já que ninguém falava inglês por aquelas bandas.

Havia frustração geral por não se conseguir explicar ao estrangeiro, ainda por cima nosso aliado, a origem das peças brancas.

Eis que se aproxima o meu primo biscoitense, armado em Chico-esperto e a gabar-se de conseguir resolver o problema em três tempos. Levanta um dos marfins, abre a boca junto à cara do inglês e grita na sua voz mais alta mas pausadamente, enquanto bate com o indicador nos seus próprios dentes cerrados:

- D E N T E S

Depois aponta para uma baleia morta no porto …

- … de B A L E I A !


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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Os Torrões são Duros

A mãe da minha prima foi de passeio a Espanha e aproveitou para fazer umas comprinhas. Por ser muito gulosa entrou numa pastelaria para comprar os famosos torrões de que já tinha ouvido falar mas não tinha ainda provado.

Pergunta ao senhor da loja quanto custa uma barra de torrão branco ao que obtém a seguinte resposta:

- Dois “duros” minha senhora

(Em Espanha usa-se a palavra “duro” para significar o mesmo que 5 pesetas)

A mãe da minha prima então responde:

- Ah não! Se são duros não quero porque tenho os meus dentes muito fracos!


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Mais período menos período

Como é normal entre as adolescentes, uma das minhas primas teve a sua primeira menstruação. Aflita com a situação, foi contar à sua mãe a desgraça que lhe tinha acontecido. A mãe compreensiva, explicou-lhe, da melhor maneira que sabia, a razão porque esse fenómeno da natureza acontecia uma vez por mês às raparigas da idade dela.

Ao ouvir as palavras da mãe a minha prima tinha uma grande dúvida para esclarecer:

- Mas mãe, isto vai durar toda a minha vida?

Responde a mãe com pena da filha:

- Não, não, filha. Isto acaba por volta dos 60 anos.

A minha prima, que só tinha 12 anos, chorou sem consolo.


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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O Tantum Rosa

A minha prima mais novinha tem andado com dores de garganta e por isso tem que gargarejar com o famoso Tantum Verde de manhã e à noite. Num desses dias ao sair da casa de banho a mãe pergunta-lhe:

- Então já usaste o Tantum Verde?

Ao que a miúda responde inocentemente perante o olhar arregalado da mãe:

- Já não há Tantum Verde, mãe. Mas não faz mal porque eu gargarejei com o Tantum Rosa.

A minha prima não sabia (assim como eu quando me contaram esta história) que também há Tantum Rosa feito a pensar na higiene íntima feminina.


De: Júlio Silva - Ilha Terceira Net

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A Rainha-Avó


Esta história necessita de uma breve introdução às Festas do Espírito Santo que é um culto comum a todas as ilhas dos Açores e das comunidades de emigrantes açorianos. O Espírito Santo tem basicamente duas representações: uma pomba branca ou uma coroa de prata ou de casquinha (ver imagem). As coroas são expostas num altar em casa de uma família durante uma determinada semana. No Domingo seguinte acontece a Missa da Coroação e depois as coroas são levadas na cabeça dos “coroados” para a casa de outro devoto numa procissão lenta seguida da filarmónica local. Segue-se um almoço (a que se chama “função”) aos convidados presentes.

Como já sabem da história “O Pai Natal tudo sabe”, a minha prima é casada com um militar americano e tem uma filha de 4 anos chamada Daisy. Estão condicionados a viver em diferentes bases americanas espalhadas pelo mundo por períodos de 2 a 3 anos em cada uma.

A Daisy, como é evidente, não está por dentro dos costumes dos avós que vivem nos Açores. O que ela sabe mais é de bonecas, fadas, princesas e rainhas.

Acontece que numa das visitas aos avós estavam estes com a Coroa em casa. Algum tempo depois de estar a brincar na sala onde estava a coroa, a Daisy vira-se para a avó e pergunta-lhe:

- Porque é que a avó quer uma coroa se nunca a usa?


De: Júlio Silva - Ilha Terceira Net

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