quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Virgindade a termo certo

A filha mais nova do meu primo gostava de assistir às visitas frequentes que a mãe recebia em casa depois do jantar. Os assuntos das conversas eram sempre variados mas acabavam também por tocar a astrologia. Chegados a este tema da conversa a miúda deixava a boneca de lado para prontamente se meter na conversa e dizer:

- Eu cá sou Virgem.

O meu primo que tentava em vão ler o jornal no meio daquele convívio, dizia entre dentes, meio a sério e meio a brincar:

- … Por enquanto!

Visita após visita a cena repetia-se.

Passaram-se os anos e a filha do meu primo vai para a Escola Primária, como é natural.

Certo dia a professora decide perguntar o Signo do Zodíaco de cada menino e menina obtendo as habituais respostas:

- Peixes

- Touro

- Balança

- Carneiro

(etc)

...

Chegada a vez da filha do meu primo esta responde:

- Virgem por enquanto Sr.ª Professora !


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A morada da Internet

O meu primo é programador de computadores à vários anos. A certa altura aparece a famosa e milagrosa Internet que origina em todo o lado expressões do género “fui à internet” “vi na internet” “está tudo lá na internet” “se tiveres dúvidas vai à internet”, etc, etc.

Um conhecido do meu primo que estava um pouco à margem destas tecnologias, aproxima-se um dia deste e pergunta-lhe:

- Tu que sabes de computadores talvez me possas informar sobre uma coisa que me anda a remoer o juízo há tempos: Em que rua é que fica essa tal de Internet ?


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O marfim da Baleia


Esta história passou-se há alguns anos na freguesia de Biscoitos na Ilha Terceira junto ao porto de pescas. Ainda se fazia a caça à baleia ou ao cachalote e havia carcaças deste mamífero gigante espalhadas por todo o lado.

Um inglês da Base Americana das Lajes (antes dos americanos estiveram na Base os ingleses) estava a ver aquele aparato junto ao porto e repara em grandes peças de marfim espalhados pelo chão. Curioso, tenta averiguar o que são aqueles objectos mas sem grande sucesso já que ninguém falava inglês por aquelas bandas.

Havia frustração geral por não se conseguir explicar ao estrangeiro, ainda por cima nosso aliado, a origem das peças brancas.

Eis que se aproxima o meu primo biscoitense, armado em Chico-esperto e a gabar-se de conseguir resolver o problema em três tempos. Levanta um dos marfins, abre a boca junto à cara do inglês e grita na sua voz mais alta mas pausadamente, enquanto bate com o indicador nos seus próprios dentes cerrados:

- D E N T E S

Depois aponta para uma baleia morta no porto …

- … de B A L E I A !


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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Os Torrões são Duros

A mãe da minha prima foi de passeio a Espanha e aproveitou para fazer umas comprinhas. Por ser muito gulosa entrou numa pastelaria para comprar os famosos torrões de que já tinha ouvido falar mas não tinha ainda provado.

Pergunta ao senhor da loja quanto custa uma barra de torrão branco ao que obtém a seguinte resposta:

- Dois “duros” minha senhora

(Em Espanha usa-se a palavra “duro” para significar o mesmo que 5 pesetas)

A mãe da minha prima então responde:

- Ah não! Se são duros não quero porque tenho os meus dentes muito fracos!


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Mais período menos período

Como é normal entre as adolescentes, uma das minhas primas teve a sua primeira menstruação. Aflita com a situação, foi contar à sua mãe a desgraça que lhe tinha acontecido. A mãe compreensiva, explicou-lhe, da melhor maneira que sabia, a razão porque esse fenómeno da natureza acontecia uma vez por mês às raparigas da idade dela.

Ao ouvir as palavras da mãe a minha prima tinha uma grande dúvida para esclarecer:

- Mas mãe, isto vai durar toda a minha vida?

Responde a mãe com pena da filha:

- Não, não, filha. Isto acaba por volta dos 60 anos.

A minha prima, que só tinha 12 anos, chorou sem consolo.


De: Júlio Silva - Futebol e Celebridades em 3D

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O Tantum Rosa

A minha prima mais novinha tem andado com dores de garganta e por isso tem que gargarejar com o famoso Tantum Verde de manhã e à noite. Num desses dias ao sair da casa de banho a mãe pergunta-lhe:

- Então já usaste o Tantum Verde?

Ao que a miúda responde inocentemente perante o olhar arregalado da mãe:

- Já não há Tantum Verde, mãe. Mas não faz mal porque eu gargarejei com o Tantum Rosa.

A minha prima não sabia (assim como eu quando me contaram esta história) que também há Tantum Rosa feito a pensar na higiene íntima feminina.


De: Júlio Silva - Ilha Terceira Net

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A Rainha-Avó


Esta história necessita de uma breve introdução às Festas do Espírito Santo que é um culto comum a todas as ilhas dos Açores e das comunidades de emigrantes açorianos. O Espírito Santo tem basicamente duas representações: uma pomba branca ou uma coroa de prata ou de casquinha (ver imagem). As coroas são expostas num altar em casa de uma família durante uma determinada semana. No Domingo seguinte acontece a Missa da Coroação e depois as coroas são levadas na cabeça dos “coroados” para a casa de outro devoto numa procissão lenta seguida da filarmónica local. Segue-se um almoço (a que se chama “função”) aos convidados presentes.

Como já sabem da história “O Pai Natal tudo sabe”, a minha prima é casada com um militar americano e tem uma filha de 4 anos chamada Daisy. Estão condicionados a viver em diferentes bases americanas espalhadas pelo mundo por períodos de 2 a 3 anos em cada uma.

A Daisy, como é evidente, não está por dentro dos costumes dos avós que vivem nos Açores. O que ela sabe mais é de bonecas, fadas, princesas e rainhas.

Acontece que numa das visitas aos avós estavam estes com a Coroa em casa. Algum tempo depois de estar a brincar na sala onde estava a coroa, a Daisy vira-se para a avó e pergunta-lhe:

- Porque é que a avó quer uma coroa se nunca a usa?


De: Júlio Silva - Ilha Terceira Net

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