O meu primo açoriano estudou em Lisboa durante alguns anos. No intervalo da vida académica, gostava de frequentar as tasquinhas da zona dos Restauradores e do Rossio sendo as suas preferidas as da Rua Portas de Santo Antão. A sua cerveja do momento era a “Super Bock” que no Continente abreviavam simplesmente para “Super”.
Pouco tempo chegado a Lisboa vindo dos Açores, o meu primo entra num tasca e aguarda ser atendido. Verdade seja dita, que na capital o atendimento é rápido e eficaz porque logo lhe perguntam:
- Que vai desejar?
O meu primo que acha que em Roma devemos ser como os romanos, responde:
- Uma “Super”.
Na sua frente o empregado coloca uma sopa fumegante perante o olhar inquisidor do meu primo. Tentando analisar a situação, o meu primo logo percebeu que a confusão estava na pronúncia açoriana que carrega mais no “u” da palavra “super”. Por outro lado, em Lisboa carrega-se mais no “e”, soando mais a “supér”.
Estava neste pensamentos quando o empregado pergunta:
- E para beber?
O meu primo com receio de ser servido de outra “sopa” aponta para a cerveja de um outro cliente ao seu lado e responde ao empregado:
- Pode ser uma cerveja daquelas.
De: Júlio Silva - Ilha Terceira Net Portal e Motor de Busca Regional
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